sexta-feira, 18 de novembro de 2011

(Re)pensando a pedagogia: contribuições e implicações da internet à prática cotidiana


Este pequeno texto, escrito por nós, é uma provocação no sentido de refletirmos um pouco sobre a questão da co-autoria no trabalho com projetos como estratégia pedagógica ao fazer cotidiano. Para iniciar a conversa, trazemos esta imagem:

(Fonte: Blog “Miscelânia Pedagógica”)

Que dizeres ela nos permite entrever? Que compreensões podemos traçar a partir dela? Ou, de outro modo: que concepção de aprendizagem subsidia tal imagem?
Pensamos que esta imagem dialoga com o pressuposto da co-autoria, na perspectiva do trabalho com projetos, porque implica compreender o processo pedagógico como uma ação compartilhada, coletiva e, assim, desestabiliza relações de poder hegemonicamente instituídas: os alunos não são mais receptores do que dizem (transmitem) os professores; ao contrário, são todos - alunos e professores - autores e atuantes no processo de aprendizagem.
Essa reflexão nos remete a outras perguntas: que contribuições a internet traz para essa dinâmica? Como seu uso pode potencializar a co-autoria? Tais questionamentos permitem pensar, ainda, em uma concepção de ensino (tradicional) que tende a ser desbotada, problematizada com a assunção da co-autoria enquanto estratégia metodológica. Talvez a imagem a seguir permita refletir sobre essa concepção:


Na perspectiva dos projetos e da co-autoria, não seria essa uma imagem incoerente? Enfim, nestas breves linhas, em forma de introdução, quisemos muito mais lançar perguntas do que responder questões... Vamos discuti-las e ampliá-las ao longo do seminário!

5 comentários:

  1. Vamos lá, então: se não é o professor quem fala, que fala se ouve na sala de aula? Se o professor não fala, faz o quê? Que falas estão sendo construídas na sala de aula? Qual é, afinal, a autoridade do professor?
    Quem fala agora???

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  2. O professor deve falar sim mas sua fala deve ser compartihada com a do aluno, deve haver um troca de informações e conhecimentos no diálogo com os alunos, não cabe ao professor ser o único portador de voz e opinião, acredito que o ensino deve ser pautado numa produção conjunta entre aluno e professor.

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  3. As falas têm que ser distribuídas, compartilhadas e ouvidas. Alunos e professores têm a voz e muitos conhecimentos a serem oferecidos, basta que não se concentre a atenção em uma só voz. O professor tem papel de mediador, neste sentido, com autoridade sim, mas capaz de propor discussões relevantes à turma, concedendo o direito a todos de opinarem e exporem suas falas.

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  4. O docente deve compartilhar seus conhecimentos, não chegar à classe e despejar o conteúdo no quadro, por exemplo, sem abordá-lo dialogicamente. A construção do conhecimento se torna mais fácil e mais agradável quando o educando consegue participar, dialogar com o que tem sido proposto.

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